Ensaio 1


Assistindo as aulas das disciplinas de Psicologia das organizações e Gestão de Pessoas I, além de minha própria experiência profissional no mercado de trabalho. Tenho notado mais claramente uma grande diferença entre teoria e pratica dos assuntos abordados diretamente relacionados com o Trabalho e com os trabalhadores em geral. Falo isso sabendo da existência de raras exceções.
     Sabemos que a gestão de pessoas fornece ao administrador (organização) formas e táticas de manipular e direcionar seus recursos humanos ao seu objetivo. A Psicologia entra nesse contexto proporcionando conhecimentos específicos sobre cada individuo (empregado) lidando diretamente em trabalhar os relacionamentos no ambiente de trabalho. Pergunto-me se é ético o uso desses conhecimentos com o único objetivo de gerar lucro e explorar ao máximo o ser humano dentro das organizações? Estamos vivenciando a fase mundial do Politicamente Correto; Negro passou a ser afrodescendente, como se o fato de não citar a cor diminuísse o preconceito racial, empregado passou a ser colaborador, parceiro... Com o intuito de ludibriar o empregado gerando uma falsa impressão de reconhecimento pelo trabalho executado.  Todos nós sabemos da existência de vários treinamentos e capacitações profissionais vendendo um “Treinamento Motivacional”, onde fazem palestras repletas de apelos psicológicos e de comparações de casos de pessoas de sucesso que sofreram e persistiram e chegaram ao objetivo desejado, ou citando formulas magicas de ser feliz sendo escravizado e explorado constantemente. Já cheguei pessoalmente participar de palestras onde administradores comparam trabalhadores com animais domésticos e manipulam metáforas a seu dispor. Acredito que a Psicologia e a Gestão de pessoas não tenham sido pensadas e estudas por tantos cientistas para simplesmente serem sinônimo de cinismo profissional. Critico o mau uso do conhecimento, acredito que esses recursos devem ser utilizados para o crescimento da empresa, mas também do individuo que dispõe da maior parte do seu tempo em gerar lucros. Passamos da fase mecanicista de Taylor, ou estamos indo de encontro a mais um caso de trocar o seis pela meia dúzia? Se vamos dar nomes vamos dar nomes verdadeiros se somos parceiros, devemos agir como parceiros. È possível dentro de uma hierarquia um superior se colocar como parceiro de um funcionário subordinado? Acredito que não. Então por que não respeitar essa diferença e agirmos com respeito mutuo buscando o beneficio ou objetivo comum de forma verdadeira e clara? Posso está preso a um pensamento ingênuo e utópico, mas procuro ver as coisas através da verdade. As empresas podem investir em treinamentos, buscar formas de ESTIMULAR seus funcionários a se manterem motivados, investindo tempo e conhecimento para aprimorar e desenvolver não só o profissional, mas o ser humano. Formas de demonstrar reconhecimento existem muitas, porem a preocupação com o lucro cega os administradores, os números são mais importantes do que a visão de um funcionário chegando no seu trabalho com um sorriso de satisfação, disposto a dar o seu melhor naquele lugar onde investem no seu bem estar. Não é dinheiro que motiva ou estimula, são os valores agregados e vindouros dele que realmente são capazes de convencer as pessoas a fazerem seu trabalho da melhor maneira possível.

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